segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Mitologia Persa

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Bem vindos novamente meus amigos leitores! hoje vamos abordar uma mitologia pouco conhecida aqui nas Américas.... A mitologia persa  é o Shahnameh de Ferdusi, escrito mil anos atrás. A obra de Ferdusi tem por base as histórias e personagens do Zoroastrismo e do Masdeísmo, não apenas o Avesta, mas também o Bundahishn e o Denkard.


A mitologia persa é ao mesmo tempo muito próxima e diferente da mitologia hindu. Elas são próximas, porque os iranianos são um povo indo-europeu cuja língua tem grande semelhança com o sânscrito e foram um povo que estabeleceu constantes relações com os arianos da Índia. E são diferentes, pois a religião dos antigos persas adquiriu um aspecto mais moral que mitológico.

Contexto Religioso 

Os personagens da mitologia persa podem, em sua maioria, ser classificados em dois tipos: os bons e os maus. Isso espelha o antigo conflito baseado no conceito do zoroastrianismo da dupla origem em Ahura Mazda (em avéstico, ou Ormuzd em persa tardio). Spenta Mainyu é a fonte da luz, da fertilidade e das energias construtivas, enquanto Angra Mainyu (ou Ahriman em persa) é a fonte da escuridão, da destruição, da esterilidade e da morte.

Ormuzd é o mestre e criador do mundo. Ele é soberano, onisciente, deus da ordem. O Sol é seu olho, o céu suas vestes bordadas de estrelas. Atar, o relâmpago, é seu cílio. Apô, as águas, são suas esposas. Ahura Mazda é o criador de outras sete divindades supremas, os Amesha Spenta, que reinam, cada um, sobre uma parte da criação e que parecem ser desdobramentos de Ahura Mazda.

Sob Ahura Mazda e os seis Amesha Spenta a mitologia persa coloca, como divindades benéficas: "Mitra", o mestre do espaço livre; Tistrya, o deus das trovoadas; Verethraghna, o deus da vitória; ela admitia, além disso, um grande número de deuses do mesmo elemento, os Izeds.


Assim como Ahura Mazda estava cercado por seis Amesha Spenta e de outras divindades, Angra Mainyu (Ahriman) — o deus malfazejo que invade a criação para perturbar a ordem e que é concebido como uma serpente — é acompanhado de seis demônios procedentes das trevas cósmicas e de um grande número de outras divindades malignas.

Além disso, Angra Mainyu, epítome do mal no Zoroastrismo, perdeu sua identidade zoroastrista e masdeísta original na posterior literatura persa sendo finalmente descrito como um Dev. Representações religiosas de Angra Mainyu posteriores a conquista islâmica mostram-no como um gigante com o corpo manchado e dois chifres.

Os Devs (avéstico, persa: div), significando celestial ou radiante são muito comuns na mitologia persa. Estes seres eram adorados no Zoroastrismo anterior à difusão do Masdeísmo na Pérsia e, como nas religiões védicas, os adeptos do Zoroastrismo consideravam os devs seres sagrados. Somente após a reforma religiosa de Zaratustra o termo dev foi associado com demônios. Mesmo assim os Persas que habitavam a região ao sul do Mar Cáspio continuaram a adorar os devs e resistiram à pressão para aceitar o Zoroastrismo e as lendas em torno dos devs sobreviveram até os dias atuais. Por exemplo, a lenda do Dev-e Sepid (Dev branco) de Mazandaran.

Mitos

O mito mais importante da religião persa é o da disputa entre AhuraMazda e Ahrimã que consiste na luta de dois tipos de seres divinos.Esta luta nos aparece sob uma dupla forma: a material e a espiritual. No caso da luta material, Ahrimã quer invadir o céu, mas é repelido para o inferno; na luta espiritual ou mística, Ahrimã, princípio da obscuridade, da desordem, do mal, é repelido por Ormuzd, deus da luz, da ordem e do bem. No primeiro caso, a arma de Ormuzd é Atar, o relâmpago; no segundo caso, a piedade ou a oração, personificada sob o nome Vohu Mano.


A personagem mais importante nos épicos persas é Rostam. Sua contraparte é Zahhak, um símbolo do despotismo que foi finalmente derrotado por Kaveh que liderou um levante popular contra ele. Zahhak era protegido por duas serpentes que cresciam de seus ombros e não importava quantas vezes elas fossem decapitadas suas cabeças cresciam novamente para protegê-lo. A serpente, como em muitas outras mitologias orientais, representava o mal, mas aparecem muitos outros animais na mitologia persa; os pássaros, em especial, eram sinal de boa sorte. Os mais famosos deles são Simorgh, um grande pássaro bonito e poderoso, Homa, o pássaro real da vitória cujas plumas adornavam as coroas e Samandar, a Fênix.

Peri (avéstico: Pairika), considerada uma mulher bonita, porém má na mitologia mais antiga, tornou-se gradualmente menos má e mais bonita até transformar-se em um símbolo de beleza no período islâmico similar aos houri — espécie de anjos — do Paraíso. Entretanto uma outra mulher má, Patiareh, atualmente simboliza a prostituição.







quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Zona Abissal: Danger zone!

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Vocês conhecem a zona abissal? Lá é um lugar escuro, frio e que abriga milhares de espécies peculiares. Essas criaturas são conhecidas como “peixes abissais” e são muito curiosos, quando não fascinantes, apesar da aparência estranha e, muitas vezes, terrível. Biólogos e cientistas afirmam que muitos desses seres marinhos ainda são desconhecidos pelo homem. Estipula-se que temos conhecimento de apenas 20% das formas de vida dos oceanos. Alguns vivem a cerca de cinco mil metros de profundidade, em fendas e rochedos. No entanto, de tempos em tempos, emerge uma nova espécie a dar-nos o ar da sua graça.


Geralmente, a aparência das criaturas abissais é atípica. Isso se dá por causa da adaptação física a que foram submetidas a fim de sobreviver às difíceis condições nos ambientes inóspitos dos abismos marinhos, desenvolvendo formas quase aterradoras.


Esses animais desenvolveram, também, técnicas e capacidades interessantes. Por causa da escuridão, da ausência de algas e outros peixes nessas regiões, sua busca por alimento torna-se uma das maiores sagas marinhas pela sobrevivência. Algumas delas possuem grandes capacidades sensoriais, sendo capazes de identificar a presa na mais profunda escuridão. Outras espécies possuem bocas colossais com uma abertura duas vezes maior do que o próprio tamanho. Outras produzem sua própria luz para atrair as presas por meio de um processo chamado bioluminescência. Para reproduzirem-se, muitas conseguem amadurecer como machos e, após um período, como fêmeas. A característica hermafrodita dribla a falta de parceiros. O distinto habitat também influencia as cores desses peixes - geralmente marrons, cinzas e negros.


terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Mitologia Grega: Medusa "Gógonas"

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Bem Vindos meus amigos! hoje vamos conhecer um pouco sobre a história da Górgona ou Medusa...

A Górgona é uma criatura da mitologia grega, representada como um monstro feroz, de aspecto feminino e com grandes presas. Tinha o poder de transformar todos que olhassem para ela em pedra, o que fazia com que, muitas vezes, imagens suas fossem utilizadas como uma forma de amuleto. A Górgona também vestia um cinto de serpentes entrelaçadas.



Na mitologia grega tardia, diziam-se que existiam três Górgonas: as três filhas de Fórcis e Ceto. Seus nomes eram Medusa (Μέδουσα, "a impetuosa"), Esteno (Σθεννώ, "a que oprime") e Euríale (Εὐρυάλη, "a que está ao largo"). Como a mãe, as górgonas eram extremamente belas e seus cabelos eram invejáveis; todavia, eram desregradas e sem escrúpulos. Isso causou a irritação dos demais deuses, principalmente de Atena, a deusa da sabedoria, que admirou-se de ver que a beleza das górgonas as fazia exatamente idênticas a ela.

Atena então, para não permitir que deusas iguais a ela mostrassem um comportamento maligno, tão diferente do seu, deformou-lhes a aparência, determinada a diferenciar-se. Atena transformou os belos cachos das irmãs em ninhos de serpentes letais e violentas, que picavam suas faces. Transformou seus belos dentes em presas de javalis, e fez com que seus pés e mãos macias se tornassem em bronze frio e pesado. Cobrindo suas peles com escamas douradas e para terminar, Atena condenou-as a transformar em pedra tudo aquilo que pudesse contemplar seus olhos. Assim, o belo olhar das górgonas se transformou em algo perigoso.

Envergonhadas e desesperadas por seu infortúnio, as górgonas fugiram para o Ocidente, e se esconderem na Ciméria, conhecido como "o país da noite eterna".

Mesmo monstruosa, Medusa foi assediada por Poseidon, que amava Atena. Para vingar-se, Medusa cedeu e Poseidon desposou-a. Após isso, Poseidon fez com que Atena soubesse que ele tivera aquela que era sua semelhante. Atena sentiu-se tão ultrajada que tomou de Medusa sua imortalidade, fazendo-a a única mortal entre as górgonas. Em outras versões, Atena amaldiçoou as górgonas justamente porque quando Medusa ainda era bela, ela e Poseidon se uniram em um templo de Atena, a deusa ficou ultrajada e as amaldiçoou.


Mais tarde, Perseu, filho de Zeus e da princesa Dânae, contou com a ajuda de Atena para encontrar Medusa e cortar a sua cabeça, com a qual realizou prodígios. Pois mesmo depois de morta, a cabeça continuava viva e aquele que a olhasse nos olhos se tornava pedra. Medusa deu à luz dois filhos de Poseidon, Pégaso e Crisaor.

domingo, 1 de janeiro de 2017

Mitologia Egípcia

Segundo a criação de Heliópolis, no princípio existiam as águas do caos, Nun. Um dia uma colina de lodo chamada Ben-Ben levantou-se dessas águas, tendo no seu cimo Atum, o primeiro deus. Atum tossiu e expeliu Shu (deus do ar) e Tefnut (deusa da chuva). Shu e Tefnut tiveram dois filhos, Geb, deus da terra e Nut, a deusa do céu. Shu ergueu o corpo de Nut, colocando-o acima de Geb, e esta tornou-se a abóboda do céu. Nut e Geb tiveram por sua vez quatro filhos: Osíris, Isís, Seth e Néftis. Osíris tornou-se deus da terra, que governou durante muitos anos; Isís foi a sua mulher,rainha e irmã. Seth o deus seco do deserto invejava o estatuto de Osíris e um dia matou-o. Osíris foi para o mundo subterrâneo e Seth tornou-se rei da terra. Osíris teve um filho com Ísis chamado Hórus que decidiu vingar a morte do pai e reconquistar o trono. Hórus derrota Seth e torna-se o novo rei da terra, mas o seu pai permanece no mundo subterrâneo. Néftis era apaixonada secretamente por Osíris, um dia se disfarçou de Ísis e deitou-se com Osíris dando a Luz a Anúbis o deus com corpo de homem e cabeça de cão que presidia o mundo dos mortos.


Na cidade de Hermópolis, capital do XV nomo do Alto Egito, dominava um panteão de oito deuses agrupados em quatro casais. A origem destes oito deuses variava: por vezes eram apresentados como os primeiros deuses que existiram; em outros casos eram filhos de Atum ou de Shu.

Os oito deuses tinham os seguintes nomes e representavam os seguintes conceitos:

-Nun e Naunet, o caos, o oceano primordial;
-Heh e Hehet, o infinito;
-Kek e Kauket, as trevas;
-Amon e Amaunet, o oculto;


Os oito deuses eram denominados como "Hemu", de onde derivou o nome original da cidade de Hermópolis, Khemenu. A designação de Hermópolis para o povoado urbano de Khemenu foi atribuída pelos gregos por associarem um importante deus da cidade, Thoth, com o seu Hermes. Estes oito deuses atuavam colectivamente, ao contrário dos deuses dos outros sistemas, que eram autónomos.

As divindades masculinas deste panteão eram representadas como homens com cabeça de rã, enquanto que as femininas eram representadas como mulheres com cabeça de serpente. Considerava-se que estes quatro deuses foram os primeiros seres que existiram; a partir de uma interação entre eles surgiu uma ilha, a chamada "Ilha das Duas Facas", onde estes deuses depositaram um ovo, do qual saiu a divindade solar Rá, que daria forma ao mundo. Existiam várias teorias para a origem do ovo, sendo este atribuído a um ganso ou um falcão.


Outra variante do mito afirmava que das águas do oceano primordial emergiu uma ilha, onde mais tarde seria construída Hermópolis. Nesta ilha existia um poço, no qual flutuava uma flor de lótus e onde viviam os oito seres referidos anteriormente. As divindades masculinas ejacularam sobre a flor e fecundaram-na. A flor de lótus fechou-se durante a noite; quando se abriu de manhã dela saiu o deus Rá na forma de um menino que criou o mundo.

O que é o Mahabharata?

O Mahabharata é visto por alguns autores como o texto sagrado de maior importância no hinduísmo, e pode ser considerado um verdadeiro manual de psicologia-evolutiva de um ser humano. A obra discute o tri-varga ou as três metas da vida humana: kama ou desfrute sensorial, artha ou desenvolvimento econômico e dharma, a religiosidade que se resume a códigos de conduta moral e rituais.


Além dessas metas, o Mahabharata trata de moksha, ou a liberação do ciclo de tri-varga e a saída do samsara, ou ciclo de nascimentos e mortes. Em outras palavras, é uma obra que visa ao conhecimento da natureza do "eu" e à sua relação eterna com toda a criação e aquilo que transcende a ela.
                                       
“A Grande História dos Bharatas”, como se traduz seu título, é o principal épico religioso da civilização indiana – e também o maior poema de todos os tempos, com cerca de 200.000 versos. Só para ter uma idéia, isso equivale a sete vezes a soma da Ilíada com a Odisséia, os dois épicos atribuídos ao poeta grego Homero que inauguraram a literatura ocidental. Em sânscrito, bharatas queria dizer originalmente “saqueadores”, termo que deu nome às tribos arianas que teriam ocupado a Índia em torno de 1700 a.C. (invasão hoje contestada por muitos historiadores). O livro só ganhou sua forma definitiva no século II d.C., mas acredita-se que a maioria dos versos foi compilada no século IV a.C. – apesar de serem bem mais antigos na tradição oral, como quase todos os textos religiosos. A coletânea é creditada ao sábio Vyasa, personagem mítico considerado o autor de outras escrituras sagradas do hinduísmo, como os Vedas e os Puranas.


O Mahabharata narra a guerra entre Pandavas e Karauvas – duas famílias com laços de parentesco muito próximos – pela posse de um reino no norte da Índia. Os momentos que antecedem o confronto final, conhecido como Batalha de Kurukshetra (cidade dessa região), compõem o trecho mais famoso do poema, conhecido como Baghavad Gita (“Canção do Divino Mestre”). É quando o príncipe Arjuna, em crise de consciência por estar combatendo amigos e familiares, cogita desistir da luta e entra em diálogo com o deus Krishna, que o convence que aquela guerra faz parte do destino do seu povo e não pode ser evitada. A ética do guerreiro é, aliás, uma questão central no livro, retratando uma época em que as batalhas entre os indianos seguiam regras surpreendentes nesse sentido: um soldado montado em um elefante, por exemplo, não podia atacar quem estivesse a pé. Da mesma maneira, um homem que estivesse fugindo ou tivesse perdido suas armas não podia ser preso, ferido ou morto.


Os confrontos acabavam rigorosamente ao pôr-do-sol, pois à noite havia confraternizações entre os soldados de ambos os lados. Apesar disso, a Batalha de Kurukshetra teria sido uma sangrenta carnificina da qual, após 18 dias de conflito, teriam restado apenas cinco sobreviventes para perpetuar a dinastia dos Pandava.